Acrisart-E Agora, José

Muito garoto ainda, eu adorava esse poema musicado pelo Paulo Diniz. Com certeza, foi ele quem me apresentou ao universo poético de Carlos Drummond de Andrade.

Ou, ainda, assista Acrisart-E.agora.José no acrisart em Vimeo.

Montagem em vídeo de “José”, poema de Drummond musicado por Paulo Diniz.

“Essa poesia resultou de um estado de dor de corno profundo. Eu era moço ainda. Pra mim tudo tinha acabado na vida, nada valia a pena, não havia pátria, não havia torrão natal, não havia amigos, não havia Minas Gerais. Eu estava completamente desmoronado. Então, eu comecei “E agora José/ E agora Raimundo/ E agora Joaquim”. Depois, analisando a frio, eu achei que era melhor concentrar num só nome e exatamente em José, que é um nome mais simples. Aquele negócio foi um desabafo, uma torrente que saiu. Eu ia botando versos e sentia que ainda cabiam mais versos. Até que, num momento de exaustão, você para e não escreve mais nada. Deixa aquilo guardado e depois faz o polimento” — entrevista de Carlos Drummond de Andrade, revista Leia, agosto de 1985.

 

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