Brancaflor-Cantiga de Escárnio

Se todo poeta cantasse o amor
Não existiria lugar pro desamor,
A ironia, o sarcasmo e o meu furor
Nas ‘cantigas de escárnio’, Brancaflor.

Entrego o dorso nu, oh deusa Helena
Nesta hora que me’é contrária à disputa
Brancaflor, minha musa virou diva:
Ó rima pobre, grave, externa e obscena.

Brancaflor, minha musa virou diva:
Vaca profana de tetas leiteiras
Derrama o leite ruim na minha peia.

Brancaflor, minha musa virou diva:
Cachorra popozuda, aventureira
Sobe, desce e rebola em minha peia.